segunda-feira, 29 de novembro de 2010

10 conselhos do Papa Bento XVI aos JOVENS

No dia 9 de Abril, aquando da Jornada da Juventude, em Roma, o Papa expressou mais um vez a sua preocupação com os jovens, dedicando-lhe uma meditação em 10 conselhos, em tudo fáceis de seguir, se guiados pela mão de Deus.

1.Dialogar com Deus. “Algum de vós poderia talvez identificar-se com a descrição que Edith Stein fez da sua própria adolescência, ela, que viveu depois no Carmelo de Colónia: "Tinha perdido consciente e deliberadamente o costume de rezar". Durante estes dias podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, de que sabemos que nos ama e ao que, por sua vez, queremos amar”.

2.Contar-lhe as penas e alegrias. “Abri o vosso coração a Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o "direito de vos falar" durante estes dias. Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine com a sua luz a vossa mente e toque com a sua graça o vosso coração.

3.Não desconfiar de Cristo. “Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, o vosso "sim" ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos hoje o que disse no princípio de meu pontificado: ’Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta’. Estai plenamente convencidos: Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.


4.Estar alegres: querer ser santos. “Para além das vocações de consagração especial, está a vocação própria de todo o baptizado: também é esta uma vocação a aquele ‘alto grau’ da vida cristã ordinária que se expressa na santidade. Quando se encontra Jesus e se acolhe o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria (...). A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente”.


5.Deus: tema de conversação com os amigos: “São tantos os nossos companheiros que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com sucedâneos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhos do amor contemplado em Cristo. Queridos jovens, a Igreja necessita autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros”.

6.Ao Domingo, ir à Missa! Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos com isso, ¡vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não somos nós os que fazemos festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós. Com o amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre iniciar de novo a nossa vida.

7.Demonstrar que Deus não é triste! Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: ¡Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não.

8.Conhecer a FÉ! Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos nós próprios de conhecê-lo cada vez melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, para ele. Por isso é tão importante o amor à sagrada Escritura e, em consequência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura.

9.Ajudar: ser útil! Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, então abrem-se os nossos olhos. Então não nos conformaremos mais com continuar a viver preocupados somente com nós próprios, mas veremos como e onde somos necessários. Vivendo e actuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros que preocupar-se só com as comodidades que se nos oferecem. Eu sei que vós como jovens aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens, Demonstrai-o ao mundo, que espera exactamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo e que, sobretudo mediante o vosso amor, poderá descobrir a estrela que como crentes seguimos.

10.Ler a Bíblia! O segredo para ter um "coração que entenda" é formar-se um coração capaz de escutar. Isto consegue-se meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor. Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo. São Jerónimo observa a este respeito: "O desconhecimento das Escrituras é desconhecimento de Cristo"
As palalras do Papa mais uma vez, sairam límpidas e puras, preenchidas de AMOR.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CARTA DO PAPA JOÃO PAULO II AOS JOVENS DE ROMA POR OCASIÃO DA «MISSÃO DA CIDADE»


Caríssimos jovens de Roma!
1. Com alegria volto com o pensamento à XII Jornada Mundial da Juventude, que se realizou em Paris no passado mês de Agosto. Foi uma extraordinária experiência espiritual, pela qual rendo graças ao Senhor. No final da Celebração eucarística no Hipódromo de Longchamp, que encerrou aquele encontro inesquecível, convidei os jovens do mundo inteiro para o encontro em Roma, no Verão do Ano 2000, para o Jubileu dos Jovens.
Vós, jovens de Roma, estais desde agora interessados em tão importante evento, que requer uma intensa preparação organizativa, mas antes ainda e sobretudo espiritual. Quer contribuir para este objectivo a «Missão da Cidade», que se realiza agora de maneira especial no mundo dos jovens. O seu título é «Abre a porta a Cristo, teu Salvador». Mas para poder anunciar e testemunhar Cristo, é preciso conhecê-l’O e encontrál’O pessoalmente.
Somente quem faz uma intensa e profunda experiência d’Ele, é capaz de falar de modo eficaz a respeito d’Ele aos outros. Só quem frequenta assiduamente este Mestre divino pode conduzir a Ele os irmãos. Ele é a única pessoa capaz de responder de modo pleno às expectativas de todo o ser humano.
Certamente, desde pequeninos, ouvistes falar d’Ele. Consenti-me porém uma pergunta: encontraste-l’O verdadeiramente Fizestes, na fé, experiência viva d’Ele como de um amigo leal e fiel, ou a Sua figura parece-vos demasiado estranha aos vossos reais problemas para ainda suscitar interesse?
Jesus não é só uma grande personagem do passado, um mestre de vida e de moral. É o Senhor ressuscitado, o Deus próximo de cada homem, com o Qual se pode dialogar, experimentando a alegria da amizade, a esperança na prova, a certeza dum futuro melhor. Ele estima cada um de vós e está pronto a revelar-vos o segredo de uma vida plenamente bem sucedida e a pôr- Se ao vosso lado, para vos ajudar a tornar a vossa Cidade mais humana e solidária.
2. Caros Jovens, tende confiança em Jesus Cristo! Confiai n’Ele, como fez aquele jovem de que se fala no episódio evangélico da multiplicação dos pães e dos peixes (cf. Jo 6, 1-13). O evangelista João narra que uma grande multidão seguia Jesus. Ao ver toda aquela gente, Ele perguntou ao apóstolo Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?». Tratava-se de uma pergunta provocatória: naquela circunstância era difícil providenciar pão para alimentar um tão grande número de pessoas. Observaram justamente os discípulos: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um». Na realidade, Jesus queria provar-lhes a fé: Ele contava não com uma adequada disponibilidade de bens materiais, mas com a generosidade deles ao oferecerem o pouco que possuíam.
Generosidade: este sentimento brotou no coração de um jovem, que se apresentou e ofereceu cinco pães de cevada e dois peixes. Muito pouco, pensavam os discípulos: «Mas que é isso para tanta gente?». Jesus apreciou o gesto daquele vosso coetâneo e, tomando os pães, depois de dar graças, distribuiu-os ao povo e fez o mesmo com os peixes. Aquilo que a razão humana não ousava esperar, com Jesus tornou-se realidade graças ao coração generoso de um jovenzinho.
3. Eis, jovens de Roma, a tarefa importante que vos é confiada: tornar-vos, como o jovem do Evangelho, protagonistas generosos de uma transformação que assinale o futuro vosso, da Igreja que está em Roma e da Cidade inteira. Oração e contemplação, silêncio e ascese pessoal ajudar-vos-ão a amadurecer na fé e na consciência da vossa tarefa apostólica. Para o fazer é necessário que tomeis consciência daquilo que possuís, dos vossos cinco pães e dois peixes, isto é, dos recursos de entusiasmo, de coragem e de amor que Deus pôs no vosso coração e nas vossas mãos, talentos preciosos a investir em favor dos outros.
Redescobri o valor da vossa pessoa, onde o Espírito de Deus habita como num templo; aprendei a escutar a voz d’Aquele que veio habitar em vós, mediante os sacramentos do Baptismo e da Confirmação, a voz do «Paráclito» — como Lhe chama Jesus (cf. Jo 14, 16.26) — d’Aquele que ensina e sustenta, defende e consola, do amável Hóspede da alma.
Graças ao Espírito Santo, que afasta do coração todo o temor e vos torna interiormente livres, sereis capazes, de modo especial durante a realização da «Missão da Cidade», de imprimir à Cidade aquele «suplemento de alma» de que falava o meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, oferecendo o vosso contributo para valorizar plenamente a sua potencialidade.
4. O Espírito suscita no coração de cada homem o desejo da verdade. A verdade que nos torna livres é Cristo, o único que pode dizer: «Eu sou a Verdade » (Jo 14, 6) e acrescentar: «Se permanecerdes na Minha palavra, sereis verdadeiramente Meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á» (Jo 8, 31-32).
Muitos de vós estudam, outros já trabalham ou estão à espera de um emprego. É importante que todos vos torneis pesquisadores apaixonados da verdade e suas intrépidas testemunhas. Jamais deveis resignar-vos à mentira, à falsidade e ao compromisso! Reagi com vigor a quem tenta capturar a vossa inteligência e seduzir o vosso coração com mensagens e propostas que tornam escravos do consumismo, do sexo desordenado e da violência, até impelir para o vazio da solidão e os meandros da cultura da morte. Desligada da verdade, qualquer liberdade se transforma em nova e mais pesada escravidão.
5. Livres para amar! Caros jovens, quem não deseja amar e ser amado? Mas para experimentar o amor sincero, é necessário abrir a porta do coração a Jesus e percorrer a estrada que Ele traçou com a Sua própria vida: é o caminho do dom de si. Está aqui o segredo do bom êxito de toda a verdadeira chamada ao amor, em particular daquela chamada que, de modo surpreendente, nasce no coração de um adolescente e o conduz ao matrimónio, ao sacerdócio ou à vida consagrada.
Quando um jovem ou uma moça reconhecem que o amor autêntico é um tesouro precioso, tornam-se capazes de viver também a sua sexualidade segundo o projecto divino, recusando seguir modelos falsos, infelizmente muitas vezes propagandeados e difundidos em larga medida.
Certamente, trata-se de uma opção exigente; mas é a única que torna deveras livre e feliz, porque realiza o desejo profundo que o Senhor pôs no íntimo de cada homem e de cada mulher. Há liberdade verdadeira onde habita o Espírito de Cristo (cf. 2 Cor 3, 17): é esta a juventude perene do Evangelho que renova as pessoas, as culturas e o mundo.
6. Livres para servir! Entre as vocações que em maior medida fazem apelo ao vosso coração, está a do serviço, de modo especial aos mais pobres e marginalizados.
O trecho evangélico, que nos acompanha na reflexão, fala de uma multidão que tem fome: Jesus preocupa-se com ela. Também na nossa Cidade há gente que sente fome do pão material e, talvez, mais ainda do pão espiritual. Durante as Visitas pastorais às paróquias, jovens e anciãos, famílias, imigrados apresentam-me muitas vezes situações de dificuldade social, de solidão e de abandono. Existe muita pobreza material e espiritual. Dificuldades e problemas tocam de maneira sensível também o mundo dos jovens.
Jesus pede que não percam a esperança e lutem contra qualquer forma de degradação; pede que se empenhem a fundo para realizar uma civilização à medida do homem. Como demonstram os exemplos de muitas pessoas santas do passado e do presente, é possível construir desde agora um tecido de relações autênticas entre as pessoas, amando e promovendo a vida, trabalhando constantemente para que cada pessoa seja reconhecida como filha de Deus, acolhida com amor, sustentada no crescimento, tutelada nos direitos.
7. A vida apresenta tantos interrogativos, mas há sobretudo um a que é necessário responder: que sentido tem viver e o que nos espera para além da morte? É uma pergunta que dá significado à inteira existência. Alguns dos vossos coetâneos talvez já não a fazem: vivem o presente como se fosse o tudo da vida. Abandonam-se passivamente à realidade como se fosse um sonho destinado a esmorecer, em vez de se esforçarem para que os valores e os grandes ideais se tornem sempre mais realidade.
Abrir a porta a Cristo Salvador significa voltar a projectar a vida com os olhos ao alto. Não vos contenteis com experiências banais, não deis crédito a quem vo-las propõe. Tende confiança na vida e abri o coração a Cristo, Vida que vence a morte!
Jesus ressuscitado faz-Se nosso alimento na Eucaristia e introduz-nos, desde já, na vida imortal, concedendo-nos a garantia de a podermos um dia realizar em plenitude e para sempre. Dessa certeza deriva a coragem para enfrentar todas as dificuldades e fazer da existência um dom sem reservas, para Deus e para o próximo. É esta uma extraordinária aventura; porém, sozinhos não a podemos levar a termo. Por isto Jesus quis a Igreja, seu Corpo místico e povo da Nova Aliança.
8. Jovens de Roma, sabei reconhecer Cristo presente na Igreja e ponde à Sua disposição os simbólicos pães de cevada e os peixes, constituídos pelos vossos dotes e capacidades. Muitos de vós amadureceram um encontro construtivo com a Igreja nas paróquias, nos grupos ou nos movimentos. Outros, depois da primeira Comunhão ou da Confirmação, já não têm com ela um relacionamento vital; há quem a sente longínqua ou estranha aos seus problemas, quem a julga de maneira severa e rejeita os seus ensinamentos.
Posso assegurar, porém, que ninguém é estrangeiro na Igreja. Antes, sem vós, ela sente-se como uma família sem filhos. Ela tem necessidade de todos vós, da vossa presença e até mesmo das vossas críticas construtivas. Tem necessidade sobretudo da vossa participação activa no anúncio do Evangelho, com o estilo e a vivacidade típicos da vossa idade.
Jovens de Roma, amai a Igreja aceitando os limites das pessoas que a compõem: descobri o seu coração e ajudai-a a estar junto de vós! Digo-o a quantos já fazem parte duma comunidade, duma associação, dum movimento ou dum grupo eclesial; digo-o também a quem não os frequenta. Na Igreja há lugar para todos!
9. Dirijo-me de modo muito especial a vós, jovens crentes. Sede testemunhas de Cristo, antes de tudo entre os vossos coetâneos. O Ressuscitado chama-vos a fazer com Ele e entre vós uma aliança, para dar à Cidade uma estrutura mais justa, livre e cristã.
Sede protagonistas desta aliança nas relações com os outros jovens, em família, nos bairros, na escola e na universidade, nos lugares de trabalho, do desporto e do divertimento sadio. Levai esperança e conforto aonde há desânimo e sofrimento. Cada um de vós se torne disponível para acolher e ajudar quem quer aproximar-se da fé e da Igreja. Que nenhum de quantos o Pai põe nos nossos caminhos seja tresmalhado!
A «Missão da Cidade» tem precisamente a finalidade de fortalecer nos baptizados o espírito de acolhimento e o ardor da nova evangelização para que Roma, mais profundamente animada por valores evangélicos, se possa abrir ao mundo inteiro. O importante evento eclesial ajudar-vos-á a encontrar novas formas de diálogo com quantos se interrogam sobre o sentido da vida e do seu futuro. Assegurai-lhes que Jesus não diz «não» às exigências autênticas do coração, mas só um «sim» forte e claro à vida, ao amor, à liberdade, à paz e à esperança. Com Ele nenhuma meta é impossível, e mesmo um pequeno gesto de generosidade se multiplica e pode ser o início de uma grande transformação.
Como agentes de singular «voluntariado do espírito», proponde àqueles com quem vos encontrais a experiência pessoal de Jesus, através da escuta da sua Palavra, do silêncio e da oração; dai vida a iniciativas religiosas, também no plano ecuménico, com as linguagens juvenis da música e da arte. Alargai o horizonte do vosso apostolado às exigências da missão universal da Igreja, tendo presente o particular papel espiritual e civil de Roma, sede do Sucessor de Pedro.
10. Sede missionários de esperança! Graças à disponibilidade do jovem de que fala o trecho evangélico, Jesus pôde alimentar uma imensa multidão. Será também graças aos vossos dons e talentos, postos à Sua total disposição, que Ele completará a obra da salvação nesta nossa Cidade.
«Abre a porta a Cristo, teu Salvador». Caros jovens, o título da «Missão da Cidade » se torne programa e estímulo da vossa jornada. Volvei o olhar a Maria, Mãe da Igreja e Estrela da evangelização. A sua existência inteira diz-vos que nada é impossível a Deus. Imitando-a e invocando-a constantemente, podereis como Ela tornar-vos portadores de alegria e de amor. Juntamente com Ela, jovem Virgem de Nazaré, aprendereis a olhar para o quotidiano como para o centro onde o Senhor vos chama a realizar o Seu projecto de salvação. Graças à sua protecção materna, não diminuirá em vós o vigor apostólico e missionário.
Deus vos ajude e vos proteja! Acompanho- vos com o meu afecto e a minha oração, enquanto de coração concedo a cada um de vós e às vossas famílias, assim como aos vossos projectos e desejos de bem, uma especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 8 de Setembro de 1997, Festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria.
JOÃO PAULO II

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A XXV JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE


«Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?» (Mc 10, 17)

Queridos amigos,

Celebra-se este ano o vigésimo quinto aniversário de instituição da Jornada Mundial da Juventude, desejada pelo Venerável João Paulo II como encontro anual dos jovens crentes do mundo inteiro. Foi uma iniciativa profética que deu frutos abundantes, permitindo às novas gerações cristãs encontrar-se, pôr-se à escuta da Palavra de Deus, descobrir a beleza da Igreja e viver experiências fortes de fé que levaram muitos à decisão de doar-se totalmente a Cristo.
Esta XXV Jornada representa uma etapa rumo ao próximo Encontro Mundial dos Jovens, que terá lugar no mês de Agosto de 2011 em Madrid, onde espero sejais numerosos a viver este evento de graça.
Para nos prepararmos para tal celebração, gostaria de vos propor algumas reflexões sobre o tema deste ano: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?» (Mc 10, 17), tirado do episódio evangélico do encontro de Jesus com o jovem rico; um tema abordado já em 1985 pelo Papa João Paulo II numa belíssima Carta, a primeira dirigida aos jovens.

1. Jesus encontra um jovem
«Quando saía [Jesus], para se pôr a caminho – narra o Evangelho de São Marcos – aproximou-se dele um homem a correr e, ajoelhando-se, perguntou: “Bom mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?”. Jesus disse-lhe: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão só Deus. Sabes os mandamentos: não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, não defraudarás, honrarás teu pai e tua mãe”. Ele respondeu-lhe: “Mestre, tenho guardado tudo isto desde a minha juventude”. Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele, e respondeu-lhe: “Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me!”. Mas, ao ouvir tais palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, pois tinha grande fortuna» (Mc 10, 17-22).
Esta narração exprime de maneira eficaz a grande atenção de Jesus pelos jovens, por vós, pelas vossas expectativas, pelas vossas esperanças, e mostra como é grande o seu desejo de vos encontrar pessoalmente e entrar em diálogo com cada um de vós. Com efeito, Cristo interrompe o seu caminho para responder ao pedido do seu interlocutor, manifestando plena disponibilidade àquele jovem, que é impelido por um ardente desejo de falar com o «Bom Mestre», para aprender dele a percorrer o caminho da vida. Com este trecho evangélico, o meu Predecessor queria exortar cada um de vós a «desenvolver o próprio diálogo com Cristo – um diálogo que é de importância fundamental e essencial para um jovem» (Carta aos jovens, n. 2).

2. Jesus fitou-o e sentiu afeição por ele
Na narração evangélica, São Marcos sublinha como «Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele» (Mc 10, 21). No olhar do Senhor, está o coração deste encontro muito especial e de toda a experiência cristã. Com efeito, o cristianismo não é primariamente uma moral, mas experiência de Jesus Cristo, que nos ama pessoalmente, jovens ou idosos, pobres ou ricos; ama-nos mesmo quando lhe voltamos as costas.
Comentando a cena, o Papa João Paulo II acrescentava, dirigindo-se a vós, jovens: «Faço votos por que experimenteis um olhar assim! Faço votos por que experimenteis a verdade de que Ele, Cristo, vos fixa com amor
(Carta aos jovens,n.7).Um amor, que se manifestou na Cruz de maneira tão plena e total, que São Paulo escreve maravilhado: «Amou-me e entregou-se por mim» (Gl 2, 20). «A consciência de que o Pai nos amou desde sempre no seu Filho, de que Cristo ama cada um e sempre – escreve ainda o Papa João Paulo II – torna-se um ponto de apoio firme para toda a nossa existência humana» (Carta aos jovens, n. 7) e permite-nos superar todas as provas: a descoberta dos nossos pecados, o sofrimento, o desânimo.
Neste amor, encontra-se a fonte de toda a vida cristã e a razão fundamental da evangelização: se verdadeiramente encontrámos Jesus, não podemos deixar de o testemunhar àqueles que ainda não se cruzaram com o seu olhar.

3. A descoberta do projecto de vida
No jovem do Evangelho, podemos vislumbrar uma condição muito semelhante à de cada um de vós. Também vós sois ricos de qualidades, energias, sonhos, esperanças: recursos que possuís em abundância! A vossa própria idade constitui uma grande riqueza não apenas para vós, mas também para os outros, para a Igreja e para o mundo.
O jovem rico pergunta a Jesus: «Que devo fazer?» A estação da vida em que vos encontrais é tempo de descoberta: dos dons que Deus vos concedeu e das vossas responsabilidades. É, igualmente, tempo de opções fundamentais para construir o vosso projecto de vida. Por outras palavras, é o momento de vos interrogardes sobre o sentido autêntico da existência, perguntando a vós mesmos: «Estou satisfeito com a minha vida? Ou falta-me ainda qualquer coisa»?
Como o jovem do Evangelho, talvez vós vivais também situações de instabilidade, de perturbação ou de sofrimento, que vos levam a aspirar a uma vida não medíocre e a perguntar-vos: em que consiste uma vida bem sucedida? Que devo fazer? Qual poderia ser o meu projecto de vida? «Que devo fazer a fim de que a minha vida tenha pleno valor e pleno sentido?» (Ibid., n. 3).
Não tenhais medo de enfrentar estas perguntas! Longe de vos acabrunhar, elas exprimem as grandes aspirações, que estão presentes no vosso coração. Portanto, devem ser ouvidas. Esperam respostas não superficiais, mas capazes de satisfazer as vossas autênticas expectativas de vida e felicidade.
Para descobrir o projecto de vida que vos pode tornar plenamente felizes, colocai-vos à escuta de Deus, que tem um desígnio de amor sobre cada um de vós. Com confiança, perguntai-lhe: «Senhor, qual é o teu desígnio de Criador e Pai sobre a minha vida? Qual é a tua vontade? Desejo cumpri-la». Estai certos de que vos responderá. Não tenhais medo da sua resposta! «Deus é maior que os nossos corações e conhece tudo» (1 Jo 3, 20)!

4. Vem e segue-me!
Jesus convida o jovem rico a ir mais além da satisfação das suas aspirações e dos seus projectos pessoais, dizendo-lhe: «Vem e segue-me!». A vocação cristã deriva de uma proposta de amor do Senhor e só pode realizar-se graças a uma resposta de amor: «Jesus convida os seus discípulos ao dom total da sua vida, sem cálculos nem vantagens humanas, com uma confiança sem reservas em Deus. Os santos acolhem este convite exigente e, com docilidade humilde, põe-se a seguir Cristo crucificado e ressuscitado. A sua perfeição na lógica da fé, às vezes humanamente incompreensível, consiste em nunca se colocarem a si mesmos no centro, mas decidirem ir contra a corrente, vivendo segundo o Evangelho» (Bento XVI, «Homilia por ocasião das canonizações», in L'Osservatore Romano, 12-13/X/2009, pág. 6).
A exemplo de muitos discípulos de Cristo, acolhei também vós, queridos amigos, com alegria o convite a seguir Jesus, para viverdes intensa e fecundamente neste mundo. Com efeito, mediante o Baptismo, Ele chama cada um a segui-lo com acções concretas, a amá-lo sobre todas as coisas e a servi-lo nos irmãos. Infelizmente, o jovem rico não acolheu o convite de Jesus e retirou-se pesaroso. Não encontrara coragem para se desapegar dos bens materiais a fim de possuir o bem maior proposto por Jesus.
A tristeza do jovem rico do Evangelho é aquela que nasce no coração de cada um, quando não tem a coragem de seguir Cristo, de fazer a escolha justa. Mas nunca é tarde demais para lhe responder!
Jesus nunca se cansa de estender o seu olhar de amor sobre nós, chamando-nos a ser seus discípulos; a alguns, porém, Ele propõe uma opção mais radical. Neste Ano Sacerdotal, gostaria de exortar os jovens e adolescentes a estarem atentos para ver se o Senhor os convida a um dom maior, no caminho do sacerdócio ministerial, e a tornarem-se disponíveis para acolher com generosidade e entusiasmo este sinal de predilecção especial, empreendendo, com a ajuda de um sacerdote, do director espiritual, o necessário caminho de discernimento. Depois, não tenhais medo, queridos jovens e queridas jovens, se o Senhor vos chamar à vida religiosa, monástica, missionária ou de especial consagração: Ele sabe dar alegria profunda a quem responde com coragem.
E, a quantos sentem a vocação ao matrimónio, convido a acolhê-la com fé, comprometendo-se a lançar bases sólidas para viver um amor grande, fiel e aberto ao dom da vida, que é riqueza e graça para a sociedade e para a Igreja.

5. Orientados para a vida eterna
«Que devo fazer para alcançar a vida eterna?»: esta pergunta do jovem do Evangelho parece distante das preocupações de muitos jovens contemporâneos; porventura, como observava o meu Predecessor, «não somos nós a geração cujo horizonte da existência está completamente preenchido pelo mundo e pelo progresso temporal?» (Carta aos jovens, n. 5). Mas a questão acerca da «vida eterna» impõe-se em momentos particularmente dolorosos da existência, como quando sofremos a perda de uma pessoa querida ou experimentamos o insucesso.
Mas o que é a «vida eterna», de que fala o jovem rico? Jesus no-lo explica quando, dirigindo-se aos seus discípulos, afirma: «Hei-de ver-vos de novo; e o vosso coração alegrar-se-á e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 22). São palavras que indicam uma proposta sublime de felicidade sem fim: a alegria de sermos cumulados pelo amor divino para sempre.
O interrogar-se sobre o futuro definitivo que nos espera dá sentido pleno à existência, porque orienta o projecto de vida não para horizontes limitados e passageiros mas amplos e profundos, que levam a amar o mundo, tão amado pelo próprio Deus, a dedicar-se ao seu desenvolvimento, mas sempre com a liberdade e a alegria que nascem da fé e da esperança. São horizontes que nos ajudam a não absolutizar as realidades terrenas, sentindo que Deus nos prepara um bem maior, e a repetir com Santo Agostinho: «Desejemos juntos a pátria celeste, suspiremos pela pátria celeste, sintamo-nos peregrinos aqui na terra» (Comentário ao Evangelho de São João, Homilia 35, 9). Com o olhar fixo na vida eterna, o Beato Pier Giorgio Frassati – falecido em 1925, com a idade de 24 anos – dizia: «Quero viver; não ir vivendo!» e, numa fotografia a escalar uma montanha que enviou a um amigo, escrevera: «Rumo ao alto!», aludindo à perfeição cristã mas também à vida eterna.
Queridos jovens, exorto-vos a não esquecer esta perspectiva no vosso projecto de vida: somos chamados à eternidade. Deus criou-nos para estar com Ele, para sempre. Aquela ajudar-vos-á a dar um sentido pleno às vossas decisões e a dar qualidade à vossa existência.

6. Os mandamentos, caminho do amor autêntico
Jesus recorda ao jovem rico os dez mandamentos como condições necessárias para «alcançar a vida eterna». Constituem pontos de referência essenciais para viver no amor, para distinguir claramente o bem do mal e construir um projecto de vida sólido e duradouro. Também a vós, Jesus pergunta se conheceis os mandamentos, preocupando-vos em formar a vossa consciência segundo a lei divina, e se os pondes em prática.
Sem dúvida, trata-se de perguntas contra a corrente em relação à mentalidade contemporânea, que propõe uma liberdade desligada de valores, de regras, de normas objectivas, e convida a não colocar limites aos desejos do momento. Mas este tipo de proposta, em vez de conduzir à verdadeira liberdade, leva o homem a tornar-se escravo de si mesmo, dos seus desejos imediatos, de ídolos como o poder, o dinheiro, o prazer desenfreado e as seduções do mundo, tornando-o incapaz de seguir a sua vocação natural ao amor.
Deus dá-nos os mandamentos, porque nos quer educar para a verdadeira liberdade, porque quer construir connosco um Reino de amor, de justiça e de paz. Ouvi-los e pô-los em prática não significa alienar-se, mas encontrar o caminho da liberdade e do amor autênticos, porque os mandamentos não limitam a felicidade, mas indicam o modo como encontrá-la. No início do diálogo com o jovem rico, Jesus recorda que a lei dada por Deus é boa, porque «Deus é bom».

7. Temos necessidade de vós
Quem vive hoje a condição juvenil encontra-se a enfrentar muitos problemas resultantes do desemprego, da falta de referências ideais certas e de perspectivas concretas para o futuro. Às vezes pode-se ficar com a impressão de impotência diante das crises e derivas actuais. Apesar das dificuldades, não vos deixeis desencorajar nem renuncieis aos vossos sonhos! Pelo contrário, cultivai no coração desejos grandes de fraternidade, de justiça e de paz. O futuro está nas mãos de quem souber procurar e encontrar razões fortes de vida e de esperança. Se quiserdes, o futuro está nas vossas mãos, porque os dons e as riquezas que o Senhor guardou no coração de cada um de vós, plasmados pelo encontro com Cristo, podem dar esperança autêntica ao mundo! É a fé no seu amor que, tornando-vos fortes e generosos, vos dará a coragem de enfrentar com serenidade o caminho da vida e assumir as responsabilidades familiares e profissionais. Comprometei-vos a construir o vosso futuro através de percursos sérios de formação pessoal e de estudo, para servir o bem comum de maneira competente e generosa.
Na recente Carta Encíclica sobre o desenvolvimento humano integral, Caritas in veritate, enumerei alguns dos grandes desafios actuais que são urgentes e essenciais para a vida deste mundo: a utilização dos recursos da terra e o respeito pela ecologia, a justa repartição dos bens e o controle dos mecanismos financeiros, a solidariedade com os países pobres no âmbito da família humana, a luta contra a fome no mundo, a promoção da dignidade do trabalho humano, o serviço à cultura da vida, a construção da paz entre os povos, o diálogo inter-religioso, o bom uso dos meios de comunicação social.
São desafios a que sois chamados a responder para construir um mundo mais justo e fraterno. São desafios que requerem um projecto de vida exigente e apaixonante, no qual investir toda a vossa riqueza, segundo o desígnio que Deus tem para cada um de vós. Não se trata de realizar gestos heróicos ou extraordinários, mas de agir fazendo frutificar os próprios talentos e possibilidades, comprometendo-se a progredir constantemente na fé e no amor.
Neste Ano Sacerdotal, convido-vos a conhecer a vida dos santos, em particular a dos santos sacerdotes. Vereis que Deus os guiou, tendo encontrado o seu caminho dia após dia precisamente na fé, na esperança e no amor. Cristo chama cada um de vós a comprometer-se com Ele e a assumir as próprias responsabilidades para construir a civilização do amor. Se seguirdes a sua Palavra, também o vosso caminho se iluminará e vos conduzirá rumo a metas elevadas, que dão alegria e sentido pleno à vida.
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, vos acompanhe com a sua protecção. Asseguro-vos uma lembrança particular na minha oração e, com grande afecto, vos abençoo.

Vaticano, 22 de Fevereiro de 2010
BENEDICTUS PP. XVI
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Papa fala a jovens brasileiros por satlt


Mais de 40 mil jovens brasileiros se reuniram hoje, 1º de março, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (SP) para a Jornada Universitária 2008, encontro em que estudantes de diferentes lugares do mundo realizam uma conferência via satélite com o Papa Bento XVI para fazer orações e trocar mensagens. A Jornada com tema “Europa e América juntas para construir a civilização do Amor” ocorreu pela primeira vez na América Latina
As imagens do encontro foram transmitidas no Brasil por meio de quatro telões colocados no centro da Basílica de Aparecida. Aos jovens brasileiros, Bento XVI disse: "Ainda está viva no meu coração a lembrança da Viagem Pastoral que realizei no Brasil, especialmente no Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Peço à Virgem Mãe que obtenha para todos vocês a graça de ser sempre testemunhas de esperança!".
Da Sala Paulo VI, em Roma (Itália), o Papa introduziu a reza do Rosário e ouviu testemunhos de jovens das cidades de Toledo (Espanha), Loja (Equador), Edimburgo (Reino Unido), Aparecida (Brasil), Nápoles (Itália), Havana (Cuba), Cidade do México (México), Washington (Estados Unidos), Avignone (França), Bucarest (Romênia) e Minsk (Bielorússia). O Papa deixou aos jovens universitários a tarefa de serem discípulos e testemunhas do Evangelho e da paz: “Os jovens sempre foram portadores de iniciativas evangélicas, construtores da civilização do Amor”.
A videoconferência teve início com uma leitura e um testemunho de dois estudantes de Toledo, seguidos da oração do Cardeal Arcebispo Antônio Liovera. O mesmo ocorreu em Aparecida, com oração do Arcebispo Dom Raymundo Damasceno Assis, e em Loja, com oração do Monsenhor Altamirano Argilello.
O encontro abrangeu outros dois outros momentos voltados à oração: no primeiro, os sete dons do Espírito Santo foram invocados (Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor a Deus). No segundo, foram contemplados os Mistérios Gloriosos do Rosário, rezados em espanhol, português, italiano, inglês e russo.
Ao término do discurso do Papa, exemplares da Encíclica Spe Salvi, de Bento XVI, foram distribuídos a jovens em cada uma das cidades participantes.
O Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno vê um sinal importante na escolha do Papa por Aparecida para representar o Brasil: “O Papa vem, assim, nos mostrar a importância de nossa responsabilidade para a geração de um mundo melhor, sobre os quatro pés da liberdade, da verdade, da paz e do amor”, diz.
“Vejo na Jornada o início de uma possível tradição para a reflexão e a oração em encontros periódicos de jovens em Aparecida.” Após a transmissão, Dom Damasceno celebrou a Missa de encerramento da Jornada.
Acolhida – Desde as 10 horas da manhã, jovens universitários de diferentes regiões do Brasil e representantes de vários movimentos e instituições da Igreja chegavam ao Santuário Nacional. A banda Cântico dos Cânticos animou os visitantes com conhecidas músicas católicas, como o Hino Oficial da Jornada Mundial da Juventude, Emanuel.
Bandanas nas cores azul, amarelo, vermelho, roxo, laranja e verde foram distribuídas aos participantes para demonstrar com ênfase a alegria de estarem presentes. Até as 12h30, momento em que começou o encontro via satélite, o pátio do Santuário recebeu três mil pessoas.
Durante a manhã, foram ouvidos testemunhos de sete universitários católicos de movimentos e instituições como Focolares, Opus Dei, Caminho Neocatecumenal, Renovação Carismática Católica, Pastoral da Juventude, Pastoral Universitária e Shalom. Além disso, houve uma breve palestra proferida por Gabriel Chalita sobre o tema “Juventude chamada a construir a civilização do Amor, Afetividade, Cidadania e Ecologia”.
Também compareceram representantes da Articulação da Juventude Salesiana, Shoenstatt, Claretianos, Universidade do Sagrado Coração de Jesus e Fazenda da Esperança, além de Dom Eduardo Pinheiro da Silva, Bispo Auxiliar de Campo Grande (MS) e Assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para a Pastoral da Juventude, e Dom Antonio Carlos Altieri, Bispo de Caraguatatuba.
As principais regiões episcopais que enviaram jovens para o encontro foram: Arquidiocese de Aparecida, Arquidiocese de São Paulo, Arquidiocese de Campinas, Arquidiocese de Londrina, Arquidiocese de Goiânia, Arquidiocese de Belo Horizonte, Arquidiocese de Curitiba, Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Arquidiocese de Recife e Olinda, Diocese de Jundiaí, Diocese de Assis, Diocese de Marília, Diocese de Lorena, Diocese de São José dos Campos, Diocese de São João da Boa Vista, Diocese de Bauru, Diocese de Jaboticabal, Diocese de São Carlos, Diocese de Machado, Diocese de Santo André e Diocese de Franca

domingo, 7 de novembro de 2010

Bento XVI aos jovens: todo dia há que optar pelo amor


Para se descobrir o verdadeiro eu e encontrar Deus são necessários o silêncio e a oração, afirmou o Papa Bento XVI aos jovens que o esperavam nos arredores da catedral de Westminster, na Inglaterra.
Recordando o lema desta viagem – “O coração fala ao coração” –, o Papa pediu que jovens “olhem no interior de seu próprio coração”, que pensem “em todo amor que seu coração é capaz de receber, e em todo amor que é capaz de oferecer”.
“Fomos criados para receber o amor, e assim tem sido”, afirmou o Papa. Ele convidou os jovens a “agradecer a Deus pelo amor que já conhecemos, o amor que nos fez quem somos, o amor que nos mostra o que é verdadeiramente importante na vida”.
“Precisamos dar graças ao Senhor pelo amor que recebemos de nossas famílias, nossos amigos, nossos professores e todas as pessoas que em nossas vidas nos ajudaram a nos dar conta do quão valiosos somos a seus olhos e aos olhos de Deus”.
O homem também foi criado para amar – prosseguiu o Papa. “Às vezes, isso parece o mais natural, especialmente quando sentimos a alegria do amor, quando nossos corações transbordam de generosidade, idealismo, desejo de ajudar os demais e construir um mundo melhor”.
“Mas outras vezes constatamos que é difícil amar; nosso coração pode-se endurecer facilmente pelo egoísmo, a inveja e o orgulho”.
O amor – prosseguiu – “é o fruto de uma decisão diária. Cada dia temos de optar por amar, e isso requer ajuda”. Por isso, convidou os jovens a dedicarem tempo a Jesus na oração.

Papa Bento XVI faz gesto pela paz.


o Papa Bento XVI, com a ajuda de dois adolescentes italianos, soltou duas pombas brancas da janela de seu apartamento no Vaticano como símbolo de paz (foto: Vincenzo Pinto/AFP). O Papa pediu ainda que os jovens prossigam no compromisso contra a guerra, ao fim da benção do Angelus.

“Queridos amigos, sei que vocês têm se comprometido com os jovens de vossa idade que sofrem com a guerra e a pobreza. Sigam pelo caminho que Jesus nos indicou para construir a verdadeira paz” disse Bento XVI aos jovens membros da Ação Católica reunidos na praça de São Pedro.

A ONG organiza a cada ano um mês da paz, durante o qual realiza seminários e encontros. Este período termina com uma “caravana da paz” que percorre as ruas do centro de Roma e acaba na Praça São Pedro no Vaticano.

Na ocasião, o Papa Bento XVI também dirigiu “afetuosas saudações” aos leprosos, por ocasião do Dia Mundial dos Enfermos de lepra.